Me disseram que uma hora deixaria de doer. E sim, é claro que eu queria que passasse logo. Mas não esperava que fosse assim, do nada. E doeu tanto, por todo esse tempo, pra ser assim. Um clique, acabou. E eu quero falar contigo. Você quer falar comigo. Mas temos o que dizer? Mas penso em me esforçar porque eu sei que amo você. Eu não quero que você seja só um borrão na minha memória. Só uma lembrança. Só nostalgia. Eu te quero na minha vida. Mas no momento, não faz falta. E eu nem sei explicar a porra da lógica disso. Quando doía, eu tava ciente que não queria que parasse, para eu não esquecer. Mas te esquecer também dói. Vai um pouco de mim nas memórias. Eu acho que nem tô me preocupando com isso ainda. Mas porra, ninguém vai ter tua energia. E eu sei que a vida tem para mim mais um monte de amores. Seja de anos ou de uma noite. Mas eu também sei que um amor nunca vai ser igual ao outro. E eu sei que definitivamente não quero outro tipo de amor. Eu quero o nosso...
As minhas mãos não sabem para onde vão. Estão perdidas em outros corpos, mas não sabem para onde ir. Em nenhum lugar encontra a textura macia da sua pele. É, eu tentei. É claro que eu tentaria te esquecer usando outras pessoas. Sim, egoísta, eu sei. Mas hoje você deve até concordar com essa afirmação. Mas uma hora vai passar. Você já não é mais 90% do tempo que gasto falando na terapia. Você hoje é um 25%. Minha terapeuta me fez ver que eu só estava procurando você em outras pessoas. O que me poupou bastante tempo de tentar que seja diferente. Sabe, o unico que me despertou interesse, quando parei para ver, era igual você. Ou talvez eu tenha percebido as semelhanças por gostar de cada pontinho seu (as vezes não, mas tudo bem). Eu até tentei pensar que eu sentia falta de namorar. Quase tentei. Quase tive. Mas desisti no meio do caminho. Igual quase tudo na vida, tu sabe. Desculpa ter desistido